ANJOS E DEMÓNIOS - 10ª Parte: Às armas, cristão!
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Que armas dispões os demónios para nos atacar? Para além da Tentação direta com que eles nos procuram levar a pecar, existem formas indiretas de nos seduzirem. São elas o Mundo, e a Carne. O Mundo, a Carne e o Diabo são os três inimigos da alma.
Por “Carne”, entenda-se como sendo a natureza humana decaída. Não somente o corpo, mas a alma também, pois ambas são um na nossa natureza e, devido ao pecado original, está debilitada, tendendo para o mal. Ao longo da História da humanidade, esta tem sido a principal arma do Demónio, usando a nossa inerente estupidez, ganância, desejos sexuais desregrados, gula e toda a procura de do prazer e felicidade desordenada, longe da Lei de Deus.
Mas, hoje, o que vemos é que o Mundo tem-se tornado uma arma do Diabo cada vez mais potente, pois grande parte das tentações vêm de fora. Por "Mundo", não se entenda "Planeta Terra" ou a Criação de Deus, pois estes são bons e admiráveis obras do Criador.
Quando a Mãe Igreja denuncia o Mundo como inimigo, refere-se a tudo aquilo que nos torna mundanos, isto é, que nos leva a orientar a nossa vida de acordo com objetivos neste mundo, como se o sentido da nossa vida estivesse aqui na Terra, e não em Deus.
Este inimigo expressa-se na nossa vida através de ideologias materialistas, através do escândalo da imoralidade, ou pelo desejo de agradar e ser bem visto pelos outros (em detrito de agradar a Deus), ou de uma cultura social decadente que louva certos vícios e pecados e despesa, ridiculariza ou faz guerra contra a virtude e a Verdade. Isto, só para enumerar algumas das suas armas.
Quando a Mãe Igreja denuncia o Mundo como inimigo, refere-se a tudo aquilo que nos torna mundanos, isto é, que nos leva a orientar a nossa vida de acordo com objetivos neste mundo, como se o sentido da nossa vida estivesse aqui na Terra, e não em Deus.
Este inimigo expressa-se na nossa vida através de ideologias materialistas, através do escândalo da imoralidade, ou pelo desejo de agradar e ser bem visto pelos outros (em detrito de agradar a Deus), ou de uma cultura social decadente que louva certos vícios e pecados e despesa, ridiculariza ou faz guerra contra a virtude e a Verdade. Isto, só para enumerar algumas das suas armas.
Alerta-nos Nosso Senhor: "Se o Mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque Eu vos escolhi e separei do mundo, o mundo por isso vos odeia."(Jo 15,18-21)
O que poderá o homem contra inimigos tão poderosos?
Pelas nossas próprias forças, não poderemos nada. Mas pela graça de Deus que nos chega por Cristo, poderemos tudo! (João 15:4)
Um cristão em estado de graça com o Senhor é um terror para os demónios. Não que eles o deixem em paz por isso, mas um coração unido assim a Cristo é um tormento e um golpe para os demónios. Porquê? Porque põe em risco o seu reino infernal sempre que reza, faz penitência e obras de caridade.
A oração é a espada do Cristão. Este é a principal arma que Deus nos deu contra a ação demoníaca, pela qual Deus dispôs que recebamos o Seu auxílio, não só a nível pessoal como também para o nosso próximo e para a nossa sociedade. Pela Oração, aprofundamos a nossa Fé, a nossa relação com Deus, e obtemos o auxílio da graça para vencer as Tentações. A vida espiritual depende da forma como rezamos, e é uma constante aprendizagem.
Porém, precisamos tomar consciência de que nós não somos seres puramente espirituais. Somos seres "híbridos", e a nossa natureza é espiritual e material. Por isso, a nossa oração realiza-se não só interiormente (oração mental) mas também precisa expressar-se exteriormente, pela mortificação dos sentidos (penitência). (1)
Pela Penitência, subjugamos o corpo à reta razão, à Vontade de Deus, e exercitamos a nossa vontade para o combate contra as más inclinações. Pela penitência, prestamos culto a Deus, reconhecendo-O como nosso Senhor e humilhando-nos diante da Sua grandeza. Pela penitência, unimo-nos ao Sacrifício Redentor de Cristo, em benéficos da humanidade (Col 1, 24).
Pegue-se como exemplo uma genuflexão. Quando se faz uma genuflexão diante do Santíssimo Sacramento, diz-se com o corpo: "Meu Deus, eu não sou nada, eu me rebaixo e me aniquilo diante de Vós". Se é verdade que essa genuflexão, que é um ato externo, só tem verdadeiro sentido se acompanhada pela disposição interior, também é verdade que os atos externos ajudam, estimulam e/ou predispões para as disposições interiores adequadas.
Finalmente, pela Caridade, que é a expressão do amor a Deus, seremos livres do medo de fazer o que Deus quer, o que é Bom e Verdadeiro, pois somente a Ele queremos agradar e servir, e não ao Mundo. Pela caridade, seremos expressão da Verdade do Evangelho no Mundo, prova viva da realidade sobrenatural.
No contexto destas postagens, deixarei ainda alguns concelhos práticos para, juntos, lutarmos o bom combate e repelirmos o Inimigo:
Um cristão em estado de graça com o Senhor é um terror para os demónios. Não que eles o deixem em paz por isso, mas um coração unido assim a Cristo é um tormento e um golpe para os demónios. Porquê? Porque põe em risco o seu reino infernal sempre que reza, faz penitência e obras de caridade.
A oração é a espada do Cristão. Este é a principal arma que Deus nos deu contra a ação demoníaca, pela qual Deus dispôs que recebamos o Seu auxílio, não só a nível pessoal como também para o nosso próximo e para a nossa sociedade. Pela Oração, aprofundamos a nossa Fé, a nossa relação com Deus, e obtemos o auxílio da graça para vencer as Tentações. A vida espiritual depende da forma como rezamos, e é uma constante aprendizagem.
Porém, precisamos tomar consciência de que nós não somos seres puramente espirituais. Somos seres "híbridos", e a nossa natureza é espiritual e material. Por isso, a nossa oração realiza-se não só interiormente (oração mental) mas também precisa expressar-se exteriormente, pela mortificação dos sentidos (penitência). (1)
Pela Penitência, subjugamos o corpo à reta razão, à Vontade de Deus, e exercitamos a nossa vontade para o combate contra as más inclinações. Pela penitência, prestamos culto a Deus, reconhecendo-O como nosso Senhor e humilhando-nos diante da Sua grandeza. Pela penitência, unimo-nos ao Sacrifício Redentor de Cristo, em benéficos da humanidade (Col 1, 24).
Pegue-se como exemplo uma genuflexão. Quando se faz uma genuflexão diante do Santíssimo Sacramento, diz-se com o corpo: "Meu Deus, eu não sou nada, eu me rebaixo e me aniquilo diante de Vós". Se é verdade que essa genuflexão, que é um ato externo, só tem verdadeiro sentido se acompanhada pela disposição interior, também é verdade que os atos externos ajudam, estimulam e/ou predispões para as disposições interiores adequadas.
Finalmente, pela Caridade, que é a expressão do amor a Deus, seremos livres do medo de fazer o que Deus quer, o que é Bom e Verdadeiro, pois somente a Ele queremos agradar e servir, e não ao Mundo. Pela caridade, seremos expressão da Verdade do Evangelho no Mundo, prova viva da realidade sobrenatural.
No contexto destas postagens, deixarei ainda alguns concelhos práticos para, juntos, lutarmos o bom combate e repelirmos o Inimigo:
1º. Que recebamos os sacramentos da Confissão e Comunhão com frequência, com as devidas predisposições, para nos mantermos unirmos a Cristo;
2º. Que recorramos a Jesus Cristo em todas as tribulações, não confiando em nós próprios mas na Vontade de Deus, e “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10.4,5).
3º. Que rezemos o Terço todos os dias, pois a intercessão de Nossa Senhora põe em fuga o demónio e desmantela as maquinações dos Inimigos;
4º. Que conheçamos melhor a Igreja e as vidas dos seus santos, para sermos iluminados pela sua experiência, pedirmos a sua intercessão e ganharmos coragem no testemunho da nossa Fé;
5º. Que não descuremos a nossa vida de mortificação da vontade, feita com amor e humildade (abstendo-nos de legítimos prazeres e confortos, fazendo jejum, etc.), por duas razões: primeiro porque todo o soldado precisa de exercitar os músculos (neste caso, o carácter e a vontade) e, segundo, porque os nossos sacrifícios têm o poder de comover a Deus e alcançar grandes graças, pois unimo-nos à Paixão de Cristo (recordemos Marcos 9:29, e o pedido de Nossa Senhora em Fátima);
6º. Que aceitemos as adversidades (sofrimentos, contrariedades, desilusões, etc.) como formas de penitência e com a convicção de que tudo está no Plano de Deus para nós e para nosso proveito, se soubermos ver as coisas com um olhar sobrenatural;
7º. Que utilizemos as imagens e sacramentais, por um lado para ajudarem as nossas disposições interiores, por outro pois, sendo sacramentais, pela fé podemos alcançar grandes graças de Deus, e ainda pois aquilo que representam (um Crucifixo, água benta, uma medalha de Nossa Senhora, etc.) trazem à mente demoníaca a lembrança da sua derrota, atromenta-os e diminui a sua influência sobre nós, se os carregarmos com fé;
7º. Que utilizemos as imagens e sacramentais, por um lado para ajudarem as nossas disposições interiores, por outro pois, sendo sacramentais, pela fé podemos alcançar grandes graças de Deus, e ainda pois aquilo que representam (um Crucifixo, água benta, uma medalha de Nossa Senhora, etc.) trazem à mente demoníaca a lembrança da sua derrota, atromenta-os e diminui a sua influência sobre nós, se os carregarmos com fé;
8º. Que sempre nos lembremos dos santos anjos, em especial do nosso Anjo Guardião, desejosos de nos auxiliar com o seu poder.
Deus Vult!
Fontes:
(1) - Suma Teológica, II-II, q. 84, a. 2