Que devemos desconfiar sempre de nós próprios, das nossas intenções, e até da nossa própria consciência!

Quantas vezes o nosso egoísmo, o nosso orgulho, as nossas más inclinações não constituem um véu que nos impede de reconhecer o que é certo e o que é errado? Seremos nós tão arrogante que creiamos ser capazes de discernir sozinhos as nossas cegueiras espirituais? 

Ensina o venerável Cardeal John Henry Newman: 

"A consciência tem direitos, porque tem deveres!" 

E só pode reclamar o direito de seguir a própria consciência quem primeiro cumpriu com o dever de a formar retamente, de acordo com os Mandamentos, com a verdade divinamente revelada, com a doutrina moral da Santa Igreja.

Só assim poderemos ser realmente honestos com nós próprios, para detetar as nossas falhas de carácter e corrigi-las.

E é por esta humilde obediência da consciência a Deus e à Sua Igreja (mesmo quando ainda não entendemos) que poderemos formar a consciência e torná-la num Santuário de Deus.

Porque "a Fé precede, o intelecto segue" lembra Santo Agostinho.