DICAS PARA O ROSÁRIO - 5ªParte: Mistérios Dolorosos
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Estes são os Mistérios da Paixão de Cristo.
Como é de se esperar, são os mais mais intensos e … mais extensos. São tão ricos em meditações e podem ser tão frutuosos para a vida espiritual, que diria que não devemos deixar passar um dia sem pensarmos neles.
“Se a minha morte na Cruz não te convencer do Meu amor, o que te convencerá?” Pergunta Jesus a Santa Faustina.
Neste terço, tenhamos diante de nós as nossas misérias e o amor ardente de Deus, pedindo perdão por nós, pelo mundo inteiro, pela conversão dos pecadores e pelo alívio das almas do Purgatório.
Lembro que não precisamos meditar em todos os pontes a cada mistério. Podemos fixar-nos em um ou dois hoje, outro ponto na próxima vez.... e nem são estas as únicas meditações possíveis, mas sugestões que espero que ajudem e até surpreendam o leitor.
Meditemos:
- "Agora sinto-me angustiado. E que direi? 'Pai, livra-me desta hora?' Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. Pai, glorifica o teu nome!" (Jo 12, 27-28). Nesta hora de angústia, Jesus rendia-se completamente à Vontade do Pai. Este primeiro mistério é muito misterioso, por isso trago algumas considerações interessantes e ricas de nossos santos;
- A Agonia do Senhor deveu-se a três razões:
- Pavor da morte. "É próprio do homem virtuoso amar a sua vida", ensina São Tomás de Aquino. "O Cristo foi virtuosíssimo. Logo, amou a sua vida de modo superlativo. Por isso, a dor pela perda de sua vida foi máxima”. Os santos só ansiavam a morte porque queriam estar com Deus, mas a morte, em si mesma, é objeto de repugnância para qualquer homem sadio. Explica ainda São Tomás que: “Cristo escolheu a tristeza enquanto era útil para a redenção do gênero humano”. Pela sua tristeza mortal, Jesus redimiu a humanidade, as nossas angústias, tristezas, frustrações e emoções.
- Angústia pela indiferença. Diz Santo Afonso de Ligório "Não, não foram tanto as dores da Paixão que vos causaram aquela grande tristeza e pena de morte, mas os pecados dos homens e, entre estes, os meus. Vendo que, não obstante todos os seus sofrimentos, os homens haveriam de cometer mesmo assim tantos pecados, Ele ficou muito aflito, e esta dor superou qualquer pena que pudesse afligir um coração humano." Viu, Nosso Redentor, todos os escândalos de todos os séculos e até o fim do mundo, as guerras, a violência que sofreria a Sua Esposa Igreja, a obstinação e a malícia herética, a apostasia, e todas e cada uma das ingratidões com que tu e eu o trataríamos. A maior agonia do Senhor foi, de facto, a ingratidão dos Homens. Porque nos amava tanto, foi para Ele uma terrível agonia ver como muitos se perderia, tornando inútil o Seu Sacrifício para eles! Tão grande aflição que suou sangue!
- Solidão terrível: Revela Jesus a Santa Faustina o grande abandono e solidão que sentiu nessa hora! Os pecados do mundo inteiro recaiam sobre si, o Diabo tentava-O sibilando “Olha como te agradecerão esses ingratos nos séculos futuros! Valerão eles a pena? Merecerão tamanho Sacrifício?”, os apóstolos adormeceram, e o próprio Pai parecia abandoná-l’O. Foi nesse momento que Jesus esmagou a cabeça da Serpente, pois na hora negra, vencendo a tentação, abandonou-Se à vontade do Pai, obedecendo.
- Reflitamos nisto: Na hora da consolação é fácil fazer a vontade de Deus. Mas é na hora da provação, quando não vemos nenhum traço de Deus no mundo e tudo parece desabar, e ainda assim obedecemos a Deus, é nesse momento que damos o golpe mortal a Satanás e seus demónios. Deus vult! Agora, o espírito pode estar preparado, mas a carne é fraca. Por isso oremos e vigiemos para que Deus nos dê a perseverança na hora da prova, unidos à invicta perseverança de Jesus Cristo!
- "Apareceu-lhe então um anjo do céu para consolá-lo. " (Lucas, 22, 48). Pôde Jesus ver também aqueles que o amariam em todas as eras, aqueles que procurariam a santidade. Procuremos, com grande diligência, consolar a Jesus como o anjo. Ser uma gota de consolação no mar das suas amarguras, rezando este mistério com essa intenção, repudiando as nossas ingratidões e comprometendo-nos a mudar de vida!
- Judas queria um Messias político, um reformador, capaz de restaurar a glória de Israel! E não um Messias que vem para morrer, que vem para salvar almas com Seu Sangue. Por isso vendeu Jesus por um punhado de moedas simbólico, possivelmente com o intuito de provocar o Messias político, induzindo Jesus à reação e rebelião que esperava. É a idolatria política e materialista, que procura a salvação do Homem em reformas sociais e económicas. Esta é uma grande tentação do nosso século, que procura o Céu na Terra. Procuremos o Reino dos Céus, e o resto virá por acréscimo.
- Beijemos o Crucificado várias vezes, ou uma vez por “Avé Maria”, em reparação pelo beijo sacrílego de Judas e de todos aqueles que traem a Jesus.
- Podemos rezar, vendo este trecho do filme "A Paixão de Cristo": youtube - agonia do Senhor.
2º. Mistério - Flagelação de Jesus preso à coluna:
Meditemos:
- Pedro nega Jesus 3 vezes. Pedro, que no Horto desembainha a espada pronto a morrer enfrentando todos os soldados do sumo sacerdote, agora nega a Jesus três vezes! Ter-lhe-á passado a coragem? O Papa Bento XVI propões uma razão que me parece mais plausível e útil à meditação: Pedro não temia a morte, mas o tipo de morte. No Horto, o seu testemunho seria heroico, mas no palácio de Caifás, o testemunho parecia-lhe taticamente inútil. "Prometeu morrer por ele, quando não era capaz nem de morrer com ele..." diz Santo Agostinho. Da mesma forma, somos diariamente confrontados com situações em que testemunhar a nossa fé pode ser incómoda, humilhante, contrária às nossas ambições ou ao nosso pensamento tático mundano. Também nós O negamos quando optamos pelo “politicamente correto”, confiando apenas nas nossas forças vez de confiarmos na Providência Divina e aceitando os desafios. Peçamos a Deus coragem e um coração magnanime.
- Jesus é arrastado até Pilatos. Pôncio Pilatos tinha diante de si um dilema. Sabia que era injusto condenar um inocente, mas aquele tumulto não era bom para a sua carreira. Mandando flagelar Jesus, Pilatos pensou que assim acalmaria os ânimos do povo irado contra alguém que sabia Inocente, e assim não ter de O matar. Pilatos prefigura, assim, aqueles que negoceiam a Verdade para tentar agradarem aos homens e a Deus. São mornos e, diante das dificuldades, das humilhações, dos riscos, preferem ser permissivos, “flexíveis”, tolerante diante da injustiça, da impiedade, da heresia e da blasfémia. Eu e tu mandamos flagelar Jesus quando preferimos ser politicamente corretos, por termos medo de ser tachados de “fanáticos”, “puritanos”, “loucos” ou “desmancha prazeres”.
- Jesus é flagelado. Meditemos na Sua dor, na Sua fortaleza, na nobreza com que suportou tudo sem rancor dos algozes. Peçamos a Sua força. Oremos pelas vítimas da injustiça dos homens, do ódio e cobiça. Pela conversão dos injustos, sádicos e indiferentes. Aconcheguemos e consolemos Sua Mãe chorosa perante tal espectáculo de violência.
- Judas enforca-se. Vendo que aquele que o seu plano de despoletar o messias social não funcionou, mas que aquele que tanto o amava era, por sua traição, condenado a terrível suplício, Judas desesperou. Talvez esse tenha sido o seu maior pecado, o pecado de acreditar que a misericórdia de Cristo não era grande o suficiente para perdoá-lo. Este é o pecado contra o Espírito Santo, a que Jesus refere como imperdoável (Mateus 12,31), porque fecha o coração para a Misericórdia de Deus. Rezemos por todos os que desesperam da salvação em meio às suas fragilidades, para que Deus aumente em nós a confiança na sua divina misericórdia.
- Podemos rezar, vendo este trecho do filme "A Paixão de Cristo": youtube - flagelação do Senhor.
3º. Mistério - Coroação de Jesus com espinhos:
Meditemos:
- Viva Cristo Rei!! Somos vassalos do Rei do Universo! Adoremo-l’O em espírito! Rendamo-nos a Ele! Disponhamo-nos a viver e morrer por Ele! “Meu reino não é deste mundo.” Diz o Senhor. Não é neste mundo que o Seu reino se realiza. E nós, se queremos ser seus súbditos e até, co-herdeiros em Cristo, gastamos mais energias em conquistar coisas mundanas do que a procurar o Reino dos Céus;
- Quem é o nosso Rei? Quem governa o nosso ser, o nosso viver, o nosso agir, as nossas decisões? No nosso dia a dia, somos conduzidos por considerações, paixões e ambições mundanas, ou pelo desejo de servir e agradar ao Rei coroado de espinhos? Procuremos identificar os ídolos na nossa vida (dinheiro, conforto, prazer, comida, sucesso, etc.), para destruí-los e dar lugar somente a Deus. E rezemos pela conversão daqueles que adoram esses falsos deuses;
- Jesus é despido para ser objeto de escárnio, vestido com manto e investido com uma coroa de espinhos e uma vara como cetro. Não foram só os romanos que assim agiram. Cada um de nós zomba assim de Cristo quando usa o outro, isto é, vê o próximo na ótica o “utilizador”, e não como um filho de Deus;
- Pensemos nos espinhos encravados no Seu escalpe como consequência dos nossos maus pensamentos e desejos. Inveja, luxuria, raiva, julgamentos, preconceitos, vaidades, e… o pior e raiz de todos… soberba;
- Revisitemos, mentalmente, a cena da coroação, para contemplá-la compadecidamente. Aconselho ver o excerto da “Paixão de Cristo”: youtube - Coroação com Espinhos
- Podemos nesta dezena fazer genuflexões ou vénias diante do Crucificado, em reparação pelas vénias blasfemas dos romanos e de todos os idolatras do mundo.
Meditemos:
- Pilatos lava as mãos. Pôncio Pilatos prefigura-nos quando pecamos por omissão. Não tendo coragem para arcar com as consequências de ser fiel à justiça e à verdade, somos muitas vezes levados a esconder a nossa fé em momentos em que devíamos defendê-la, testemunhá-la. Lavamos as mãos quando somos indiferentes para com as injustiças, imoralidades e misérias do próximo;
- Jesus carrega a Cruz. Ele carrega os pecados do mundo inteiro! Arrasta o tremendo madeiro entre escarros, insultos e violências. Carrega-a por ti, sem se queixar, e ainda pedindo perdão ao Pai pelo que Lhe fazem! Nenhum sinal de rancor, ódio ou desejo de vingança. E nós, quantas vezes nos queixamos hoje de uma dorzinha? Respondemos torto a alguém que nos contrariou ou irritou? Quantas vezes nos lamentámos de nós mesmos? Olhemos para Ele e calemos. Peguemos a nossa cruz e ofereçamo-la a Ele, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo;
- Por três vezes caiu nosso Senhor. E levantou-se para prosseguir em frente. Façamos contrição de coração pelos nossos pecados e peçamos a Deus que nunca nos deixe caídos. “Santo não é aquele que não cai, mas aquele que, mesmo caindo, não desiste de se levantar” diz-nos São João Paulo II. Que Jesus sempre nos dê alento para não desesperarmos, mas confiarmos na Sua Misericórdia;
- Jesus é ajudado por um Cireneu. Também a nós Ele nos envia Cireneus para a nossa caminhada. Saibamos ser gratos e ser Cireneus para o próximo, ajudando-o a carregar a sua cruz;
- Jesus encontra a Sua Mãe. Contemplemos a Imaculada Mãe regando o solo com lágrimas silenciosas enquanto o Filho deixa o seu rasto de sangue. Consolemos a Maria condoendo-nos dos nossos pecados e rogando pelo perdão dos pecadores. Aconselho vivamente rever (nem que seja mentalmente) este excerto do filme “Paixão de Cristo”: Youtube - Jesus encontra Sua Mãe
- A Santa Igreja vive, nos nossos dias, a terrível subida do Calvário, revela-nos um místico. Rezemos pela nossa Mãe Igreja, pedindo socorro para os que sofrem perseguições, pelos ataques, calúnias, traições que assaltam a Igreja;
- Podemos oferecer algum sacrifício, algum gesto que traduz e acenda em nós o fervor. Por exemplo, rezando esta dezena de pé, ajoelhando 3 vezes em honra às 3 quedas de Jesus. Ou abrindo os braços pelo tempo em que rezamos a dezena (é mais difícil do que parece), ou outro ato qualquer a que sejamos inspirados.
5º. Mistério - Crucifixão e morte de Jesus:
Meditemos:
- Jesus é despido de suas vestes. As vestes são símbolo da pertença a uma cultura; o local onde Cristo foi crucificado ficava numa encruzilhada de estradas vindas de toda a parte, (para que todos vissem a punição romana), e a inscrição na Cruz “Jesus, rei dos Judeus”, escrita em várias línguas, são tudo indicações da universalidade do Seu Sacrifício. Jesus entrega-se por Todos! Pelos pecados do mundo inteiro; passados, presentes e futuros! Teus, meus e de cada um. Naquela hora Ele pensava e sofria por Ti;
- A Cruz é espetada no topo do monte da Caveira, símbolo do triunfo de Cristo sobre a Morte! Aqueles que são de Cristo, não mais temerão a morte. "Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?" diz São Paulo “graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. Por isso o Cristão não teme nada, a não ser uma coisa: o pecado. Se temes só o pecado, torna-se invencível!
- Jesus é cravado no madeiro da Cruz. Olha como Ele te ama! Haverá maior amor do que aquele que entrega a vida pelo amigo? E tu, como tens retribuído a esse amor? Pensemos nos cravos das Suas mãos e de Seus pés. Foram os nossos pecados, os meus e os teus, que os cravaram no madeiro. Peçamos a Cristo que a lembrança de Suas chagas nos conceda um grande horror ao pecado, para que vençamos as tentações. Ponhamos diante de nossos olhos os nossos pecados e os pecados do mundo inteiro, para pedirmos perdão;
- Com Ele, são crucificados dois ladrões. Traz, nesta dezena, as tuas misérias, as tuas dores e problemas. Diante do Sacrifício de Cristo, qual é a tua atitude? A do bom ladrão ou a do mau? Respondes “eu é que merecia isso” ou queixas-te dizendo “sai dessa cruz e vem libertar-me”. Olha para a Cruz, e não te queixes mais. Antes, oferece as tuas dores e problemas a Cristo, e alegra-te por te unires assim à Sua Paixão redentora. Para os Cristãos, a escória do sofrimento é transformado no ouro do sacrifício pela alquimia do amor! Claro que podes, e fazes bem, em pedir a Deus que te alivie dos problemas e dores, e sê perseverante nisso. Mas, enquanto Deus te enviar sofrimentos, assume-os corajosamente, e dá-lhes um sentido: o de expiação dos teus pecados, dos do mundo, pelas almas do purgatório e conversão dos pecadores. Queres maior tesouro? “O sofrimento suportado de maneira cristã é a condição que Deus estabeleceu para conceder-nos a glória” diz-nos são Pio de Pietrelcina, em sintonia com todos os santos;
- Jesus oferece-nos sua mãe, Maria. Como João, abracemos a Nossa Senhora, consolando-a e recebendo-a no coração como Mãe de toda a Igreja. Peçamos-lhe insistentemente que nos ensine a amar a Jesus como ela amou aos pés da Cruz.
- Jesus morre. Tal como durante o sono, da costela saída do lado de Adão, Deus fez uma noiva para o primeiro homem (Eva), assim, quando Jesus entrou no sono da morte, da Água e Sangue saído do lado trespassado de Cristo, Deus fez a Sua Noiva, a Santa Igreja. O Seu amor infinito, não podendo expressar-se na dor finita da Paixão, expressa-se permitindo que o Seu Coração fosse aberto pela lança, como por não caber tanto amor naquele coração de carne. Peçamos a este Coração ardente que aqueça o nosso coração tíbio.
- O véu do Templo rasgou-se. A Terra tremeu, e a cortina do Santuário, que dava entrada para o lugar mais sagrado do Templo, onde uma vez por ano o Sumo sacerdote, como mediador entre Deus e os homens, entrava para o fazer o sacrifício expiatório pelos pecados de todo o povo, esta cortina rasga-se de alto a baixo. A Missão do Messias estava completa e o sistema de sacrifícios de animais tinha sido abolido, pois era apenas imagem do Único e Santo Sacrifício de Cristo. Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens. Único, mas não sozinho, pois Ele é um com a Igreja, fundada pelo Seu Sangue derramado. Louvemos a Deus pela Sua Santa Igreja, pelo Tesouro que é a Santa Missa e a Eucaristia, e procuremos estar em plena comunhão com a Igreja, único meio para estar em comunhão com Cristo;
- Nossa Senhora, em suas aparições, insiste que ofereçamos orações e sacrifícios pelos pecados do mundo. Durante o terço podemos fazer alguma penitência exterior que que favoreça a contemplação interior. Em Lurdes, a Imaculada sugeriu uma penitência, que propunha para esta dezena: o de beijar o chão pela conversão dos pecadores (um beijo por Ave-Maria, por exemplo). Outra proposta seria o de beijar a imagem de Jesus crucificado lembrando cada chaga de Cristo
- Beijo Teu pé direito, pelas vezes que
- Beijo Teu pé esquerdo;
- Beijo Teu joelho direito pelas vezes que nos mostramos obstinados, caindo repetidamente nos mesmos pecados;
- Beijo Teu joelho esquerdo, pelas vezes que não somos Cireneus para nosso próximo, ensinando-lhe a sã doutrina para que não caia no pecado;
- Beijo Tua mão direita, pregada por nós na Cruz cada vez que nos negamos a agir em socorro do nosso próximo, como o bom samaritano;
- Beijo Tua mãe esquerda, rasgadamente aberta, em expiação pelas vezes que fechamos a nossa mão por falta de generosidade;
- Beijo Tuas costas flageladas pela injustiça humana, e continuamente retalhadas cada vez que Vos negamos para agradar ao Mundo;
- Beijo Teu ombro cortado pelo peso do madeiro da Cruz, pelas vezes que fugimos para os prazeres, negando-nos a tomar nossa cruz e seguir-Te;
- Beijo Tua cabeça coroada de espinhos, pelos espinhos que nós mesmos cravamos quando não Vos reconhecemos como nosso Rei, quando não vos reconhecemos e servimos no próximo, quando não levamos nossos pensamentos cativos a Vós.
- Finalmente, beijo Teu lado aberto, por quantas vezes não confiamos em Vossa Misericórdia infinita ou não acreditamos no Vosso amor incomparável.
- Agonia do Senhor
- Jesus passa pelo pavor da morte, angustia da indiferença e da solidão;
- Sejamos consoladores de Cristo no Horto;
- Rendamo-nos à Vontade de Deus, à semelhança de Cristo;
- Beijemos Jesus, para reparar o beijo dos traidores.
- Flagelação
- Não neguemos a Cristo, mesmo quando isso nos prejudicar;
- Não negociemos a Verdade, tentando agradar a Deus e ao Mundo.
- Peçamos a fortaleza de Cristo flagelado, e consolemos Sua Mãe;
- Peçamos perdão pelos tíbios, indiferentes, sádicos e desesperados
- Coroação de Espinhos
- Viva Cristo Rei! O Seu Reino não É deste Mundo;
- Peçamos perdão por quando não deixamos Cristo reinar no nosso coração;
- Peçamos perdão pelos maus pensamentos e pelos pecados de orgulho;
- Façamos vénias reparadoras, como penitência.
- Jesus carrega a Cruz
- Tomemos nossa cruz e ofereçamo-la a Cristo;
- Consolemos a nossa Mãe Maria, lembrando as suas dores;
- Sejamos Cireneus para o nosso próximo e reconheçamos os nossos Cireneus;
- Rezemos pela Igreja, pela conversão dos pecadores e ofereçamos sacrifícios.
- Crucifixão e Morte de Jesus
- Jesus vence a morte. Se somos de Cristo, o que temer?
- Unamos as nossas dores às dores de Cristo, e peçamos perdão;
- Recebamos a Maria como Mãe, pedindo-lhe que nos ensine a amar seu Filho;
- Jesus morre, e Seu Coração é trespassado. Que Esse coração abrase o nosso.
Deus Vult!