O relato da fuga da Sagrada Família para o Egito é-nos dado a conhecer pelo evangelista Mateus. Neste relato Mateus mostra José no exe...

FUGA PARA O EGIPTO - A alegria de São José vendo a queda dos ídolos

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O relato da fuga da Sagrada Família para o Egito é-nos dado a conhecer pelo evangelista Mateus. Neste relato Mateus mostra José no exercício das suas funções de chefe da Sagrada Família. É a ele e que anjo do Senhor avisa das intenções de Herodes, é a ele que comunica que leve a família para o Egito, é será a ele que revela o momento de retornar à normalidade das suas vidas em Nazaré.

Ainda de noite, leva a sua sagrada Família a iniciar uma viagem, rumo ao exílio em terra estrangeira. “Do Egito chamei o meu filho” (Os 11,1). O verdadeiro Moisés, Jesus Cristo, não viria salvar o Povo vindo do estrangeiro para o Egito, mas sim vindo do Egito.

“Assim como Israel tinha tomado o caminho do êxodo, ‘da condição de escravidão’ para iniciar a Antiga Aliança, assim José, depositário e cooperador do mistério providencial de Deus, também no exílio vela por Aquele que vai tornar realidade a Nova Aliança”.
(RC 14, do Papa João Paulo II)

Os acontecimentos durante a viagem pelo deserto não nos foram relatados. Só existem piedosas e graciosas lendas, descritas poeticamente pelos apócrifos.
Entre elas, uma das mais famosas e curiosas, foi imortalizada na piedosa devoção antiga às “7 dores e alegrias de São José”, onde se lembra, na quinta alegria, o júbilo de São José ao ver “como caiam por terra os ídolos dos egípcios”.

No evangelho apócrifo do Pseudo Mateus, nos capítulos 22 e 24, narra o autor que, Chegando a Família a uma cidade egípcia de nome Ermópolis, aconteceu de entrarem num dos templos, denominado Capitólio do Egito.

“Ora, aconteceu que, ao entrar a beatíssima Maria com a criança no templo, todos os ídolos caíram por terra, ficando completamente estragados e quebrados; assim demonstraram evidentemente que não eram nada”.

Prosseguindo a narrativa, diz que:
"Afrodísio, governador da cidade, ao saber do ocorrido, dirigiu-se ao templo com todo o seu exército”. Os pontífices do templo, pensavam que se vingaria daqueles que haviam feito os deuses caírem por terra. Mas ele, ao entrar no templo, vendo todos os ídolos prostrados no chão, aproximou-se de Maria e adorou o menino que ela tinha nos braços. Depois de adorá-lo, disse a todo o seu exército e aos amigos: “Se este não fosse o Deus do nossos deuses, os nossos deuses não teriam caído por terra diante dele, nem permaneceriam prostrados na sua presença, de maneira que, tacitamente, proclamou que é o Senhor deles. Portanto, se não fizermos todos, com maior cautela, o que fazemos aos nossos deuses, poderemos incorrer no perigo de sua indignação e irmos todos ao encontro da morte: como aconteceu ao Faraó rei do Egito, o qual, não dando atenção aos múltiplos prodígios, foi submerso ao mar com todo o seu exército. Então todo o povo daquela cidade acreditou, por meio de Jesus Cristo, no Senhor Deus”.

É interessante notar que esta descrição, imaginária ficou imortalizada no mosaico da abside da basílica Santa Maria Maior de Roma, onde está representada a cena de Afrodísio.

Possamos nós, incessantemente, pedir à Sagrada Família que, entrado no templo do nosso coração, derrube todos os ídolos que lá encontrarem, para assim participarmos da alegria do Patriarca São José.

Deus Vult!


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