A história de São Kolbe não pode deixar de inspirar-nos. Nascido na Polónia em  1894, cresceu como uma criança travessa e mal co...

SÃO MAXIMILIANO KOLBE - O Cavaleiro da Imaculada

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A história de São Kolbe não pode deixar de inspirar-nos.

Nascido na Polónia em 1894, cresceu como uma criança travessa e mal comportada. Mas depois de repreendido pela mãe severamente, o menino de 10 anos, querendo ser melhor pessoa, foi ajoelhar-se diante de uma imagem de Nossa Senhora. 

O que então aconteceu, traçou o rumo de toda a sua vida!

Aparecendo-lhe a Mãe de Deus, a Senhora apresentou-lhe com uma mão a coroa branca da castidade, e com a outra mão a coroa vermelha do martírio. Sorrindo maternalmente, perguntou-lhe a Virgem Mãe qual ele queria. E, com grande generosidade de alma, o menino Kolbe escolheu as duas.

Esta encontro com a Imaculada foi, não só uma promessa mas também uma profecia!

Decidido a ser padre, partiu para Roma para fazer os seus estudos. Em Roma, Maximiliano chocou-se com a insolência com que os inimigos da Igreja a atacavam, e a inação dos católicos, que nada faziam para defender sua fé e sua Mãe Igreja. 

Resolveu então entrar na luta antes mesmo de receber a ordenação presbiteral.
Reunindo em torno de si seis condiscípulos, fundou em 1917 a associação apostólica Milícia de Maria Imaculada, cujos estatutos começavam por declarar seus objetivos:



  1. (Finalidade): Procurar a conversão dos pecadores, dos hereges, dos cismáticos e, especialmente, dos maçons e dos judeus. Além da santificação de todos sob o patrocínio e por intermédio da Imaculada.
  2. (Condições): Oferecimento total de si mesmo, como instrumento em Suas mãos Imaculadas e usar a Medalha Milagrosa.
  3. (Meios): Oração, penitência e oferecer a Deus os cansaços e os sofrimentos quotidianos da vida; dirigir-se, possivelmente todos os dias, à Imaculada com a jaculatória; "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós, e por todos aqueles que a vós não recorrem, e principalmente os inimigos da santa igreja". Usar qualquer meio válido e legítimo à disposição para a conversão e a santificação dos homens, mas, sobretudo, a imprensa e a medalha milagrosa. 


Já padre e frei franciscano, voltou para a Polónia, onde fundou o jornal mensal da sua associação – Cavaleiro da Imaculada – pondo o progresso técnico do seu tempo em matéria gráfica, a serviço da Fé. Na véspera do lançamento, reuniu os operários, colaboradores e redatores – ao todo 327 pessoas -, e passaram o dia em jejum e oração. Nessa noite, foi organizada uma grande vigília de Adoração ao Santíssimo Sacramento e de oração à Santíssima Virgem, para que abençoassem esse empreendimento. Na noite seguinte, as rotativas imprimiram o primeiro número do jornal, “filho” dessas orações.

E não foi defraudado em sua confiança. Em 1939, o jornal tinha já a surpreendente tiragem de um milhão de exemplares, e a ele se haviam juntado outros dezessete periódicos de menor porte, além de uma emissora de rádio.

Em seu desejo de expandir por todo o mundo sua obra evangelizadora, decidiu fazer uma incursão pelo Oriente, pois queria editar sua revista nos mais diversos idiomas para atingir milhões de almas em todo o globo. Foi em Nagasaki (Japão) que o seu trabalho missionário deu frutos que duram até hoje!

Quando estourou a Segunda Guerra Mundial, em 1939, Frei Kolbe estava na Polónia. Com vários dos seus companheiros, as tropas invasoras levaram-nos presos para Amtitz. Mas na festa da Imaculada, dia 8 de dezembro, foram todos libertados e voltaram para sua Niepokalanów (CIdade de Maria, onde estava a sua sede) transformando- a em refúgio e hospital para feridos de guerra, prófugos e judeus.

Retomaram também o labor apostólico, pois os invasores permitiram ao padre Kolbe continuar com suas publicações, à espera de um pretexto para acabar com seu apostolado. Com grande coragem, escreveu ele no último número de Cavaleiro da Imaculada, as seguintes palavras, de admirável honestidade intelectual e integridade de convicções:
“Ninguém no mundo pode mudar a verdade. O que podemos fazer é procurá-la e servi-la quando a tenhamos encontrado. O conflito real de hoje é um conflito interno. Mais além dos exércitos de ocupação e das hecatombes dos campos de extermínio, há dois inimigos irreconciliáveis no mais profundo de cada alma: o bem e o mal, o pecado e o amor. De que nos adiantam vitórias nos campos de batalha, se somos derrotados no mais profundo de nossas almas?”

Por causa disso, em fevereiro de 1941, a Gestapo iinvadiu a sua sede e levou presos o padre Kolbe e outros quatro frades, os mais anciãos. Primeiro levado para a prisão de Pawiak, em Varsóvia, foi depois trasladado para o campo de extermínio de Auschwitz.

Começaram para o santo mártir as estações de sua via-crucis. Passou a primeira noite numa sala com outros 320 prisioneiros. Na manhã seguinte, foram todos desnudados, lavados com jatos de água gelada e recebendo cada qual uma jaqueta com um número. Coube-lhe o 16.670. Quando o oficial viu seu hábito religioso, ficou irritado. Arrancando com violência o Crucifixo de seu pescoço, gritou-lhe:

– E tu acreditas nisto?

Ante a categórica resposta afirmativa, deu-lhe uma bofetada! Por três vezes repetiu a pergunta e por três vezes o santo religioso confessou sua Fé, recebendo o mesmo tratamento. A exemplo dos Apóstolos, São Maximiliano dava graças a Deus por ser digno de sofrer por Cristo: “Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus” (At 5, 41).

Ao entrar no campo de concentração, os guardas faziam uma revista minuciosa em todos os prisioneiros e lhes tiravam todos os objetos pessoais. Entretanto, o soldado que revistou o padre Kolbe devolveu-lhe o Rosário, dizendo:

– Tome seu Rosário. E vá lá para dentro! – Um sinal de Nossa Senhora, como a dizer-lhe que estaria com ele até ao fim.

No final de julho de 1941, foi transferido para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas. Tendo um deles conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao “bunker da morte”, como punição: um subterrâneo onde eles eram jogados nús, e permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte.

Ante o desespero daqueles infelizes, São Maximiliano ofereceu-se para trocar de lugar com um deles, pai de família, e foi aceito por ser sacerdote. O ódio dos esbirros ao religioso era notório, mas ficaram estupefatos ao verificar a coragem daquele sacerdote católico.

Sem dúvida, movia-o uma autêntica caridade para com seu conterrâneo, entretanto, outra razão também elevada o levou a tomar essa decisão: o desejo de ajudar aqueles condenados a terem uma boa morte, salvando suas almas.

Pode-se imaginar qual seria o medo da morte, do Juízo, do sofrimento, a tentação de desespero… Em tal situação, que privilégio poder ter por companheiro um sacerdote santo! Graças a ele, o bunker da morte se converteu em capela de oração e de cânticos… com vozes cada dia mais débeis. Três semanas depois, restavam vivos apenas quatro. Julgando que aquela situação se prolongava demasiado, decidiram as autoridades Nazis aplicar-lhes uma injeção letal de ácido muriático.

Padre Kolbe foi o último a morrer naquele pavoroso subterrâneo. Estendeu espontaneamente o braço para a injeção. Alguns momentos depois, um funcionário do campo o encontrou morto “com os olhos abertos e a cabeça inclinada. Seu rosto, sereno e belo, estava radiante”. 

Era o dia 14 de Agosto de 1941, véspera da Assunção de Maria, aquela que lhe havia prometido a coroa da castidade e do martírio.


“Não tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade”


Deus Vult!






Fonte : https://www.arautos.org/secoes/artigos/especiais/sao-maximiliano-maria-kolbe-o-cavaleiro-da-imaculada-2-143506


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