O HINO DO INFERNO

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O Céu e inferno são lugares definidos, respectivamente, pela presença ou ausência de Deus. Definidos não por "onde estamos" mas por "com quem estamos", e isso determinará a nossa miséria ou a nossa alegria.

Transportar um homem do inferno para o céu não lhe traria alegria, mas afundá-lo-ia ainda mais na revolta e no tormento. É por isso que Deus deixa de mandar a graça a Satanás e seus demónios, e às almas dos condenados. Pois, além de ser inútil, devido à obstinação da alma, apenas aumentaria o seu endurecimento. Como quando uma pessoa, odiando a seu inimigo, ficasse ainda mais irada por este demonstrar algum sinal de amor por ela.

Não há arrependimento para os demónios e as almas condenada.

Conta o famoso exorcista do vaticano, padre Amorth (já falecido) que, obrigando o demónio a falar durante um exorcismo...:

“Certa vez, me aconteceu de perguntar a um demónio por que, apesar da sua inteligência superior, ele preferiu descer ao inferno. Ele respondeu: ‘Eu me rebelei contra Deus e mostrei que sou mais forte do que Ele’. Para eles, a rebelião é um sinal de vitória e de superioridade”.

“Os condenados são, de certo modo, rebeldes até ao fim bem sucedidos; as portas do inferno estão trancadas por dentro... Eles desfrutam para sempre da horrível liberdade que exigiram e, portanto, auto-escravizam-se”. C. S. Lewis

Mas poderá o leitor perguntar-se "será Deus um déspota, opressor e castigador de quem quiser procurar a felicidade longe d’Ele?" Esta é a mentira, a mentira de Satanás!

Deus não pode dar-nos uma felicidade ou paz fora d’Ele porque coisa não existe. “só Deus é Bom” (Marcos 10:18). Em Deus está todo o Bem.
Querer ser sem Deus, realizar-se sem Deus, é impossível! Ele fez-nos para Si, para o amor, para a auto-entrega, e não para a auto-realização, para o egocentrismo tentador.

E todo o drama, humano e angélico, resultou em querer procurar algum bem fora de Deus.

Deus preparou-nos uma felicidade incomensurável, na comunhão com Ele. Mas precisamos merecê-la, ser capazes de a receber, aprendendo d'Ele a amar.

Deus Vult!