APARIÇÕES DO ANJO DE PORTUGAL - Lições e apelos das orações ensinadas pelo Anjo em Fátima
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Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia.
Conhece as 3 aparições do anjo de Portugal que precederam as aparições e mensagens marianas em Fátima?
Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo. E ensinou-lhes a seguinte oração:
Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”.
Os pastorinhos rezaram por três vezes, com o rosto no chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”.
Esta oração acompanhou os pastorinhos até ao fim das suas vidas.
A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam a brincar, quando o anjo apareceu-lhes dizendo:
“Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.
Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo apareceu com o cálice e uma Hóstia a pingar gotas de Sangue no cálice.
Intuitivamente, os pastorinhos ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que os prepara para a essência da mensagem de Fátima:
“Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra, em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.
Depois disso, o Anjo da Eucaristia, deu a comungar a hóstia à Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”
Estas duas orações, para além de profundas, revelam o remédio para os males daquele século e mais ainda do nosso! Denunciando indiretamente as doenças.
Na primeira, o anjo além de relembrar as três virtudes teologais – Creio/Fé, Espero/Esperança, amo/Caridade - mas tb introduz o Temor a Deus no “adoro”. Num século supostamente “iluminado” pela rebeldia da ditadura do relativismo e por um falso conceito da divina Misericórdia, eis que o Anjo exorta as gerações a voltarem a adorar o único e verdadeiro Deus. A voltarem à reverência que Lhe é devida, ao sentido da Soberania de Deus sobre todas as realidades, espirituais e sociais.
Na segunda oração, o foco do Anjo na comunhão é uma advertência para um pecado que brada aos Céus sem precedentes, nos nossos dias. Se o alerta celeste tinha já um tom grave no século passado, a urgência de tal advertência é hoje assustadoramente mais pertinente. De facto:
“Não há praticamente nenhum crime que ofenda mais a Deus que a comunhão sacrílega.” Diz-nos Santo António Maria Claret, e tantos outros santos.
Alguns poderiam argumentar que se esse pecado fosse tão frequente e tão grave assim, Deus não deixaria incólume tamanho pecado. Porém devemos lembrar que as maiores punições não são as do corpo, mas as da alma. São elas, segundo o mesmo santo:
“Mas se a estes últimos pecadores (Deus) não os pune de forma visível, já o está a fazer invisivelmente: com a cegueira de entendimento, dureza de coração, do seu abandono neste mundo, e em seguida, no outro, com o castigo eterno do Inferno.”
(Santo António Maria Claret)
(Santo António Maria Claret)
A cegueira de entendimento torna as pessoas cegas e incapazes de entender o bem e o mal, de se aprofundar nos mistérios santos e ter acesso à Sabedoria de Deus.
Por isso, irmão, pelo bem das almas, estas belas orações haviam de estar sempre nos nossos lábios, como o Anjo dá a entender, surpreendendo as crianças na brincadeira. “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas” diz o Anjo, consoladoramente.
No oferecimento do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo, o Anjo recorda-nos ainda que o Filho de Deus se fez Carne, e continua encarnado ao longo dos Séculos, por meio da Igreja, Seu corpo místico. A nossa amorosa oblação interior, em união com os Sagrados Corações de Jesus e Maria, é uma oferenda muito agradável ao Senhor, em reparação dos pecados do mundo e pela conversão dos pecadores.
Esta oração une-nos, com Maria, ao Sacrifício redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo, no mistério da Santíssima Eucaristia.
Não cessemos, pois, de elevar os nossos corações a Jesus e Maria ao longo do dia, em pequenos suspiros de amor e apelos pelos pecadores.
Santo Anjo Custódio de Portugal, rogai por nós!
Deus Vult!