OURO, INCENSO E MIRRA - O que simbolizam?
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São Gregório Magno († 604) dá-nos um explicação Mística e uma explicação Moral.
Explicação Mística:
que Ele é rei, com o ouro;
que é Deus, com o incenso;
e que é mortal, com a mirra.
De fato, são muitos os hereges que acreditam em Deus, mas de modo algum acreditam que Ele reina em todos os lugares. Esses certamente Lhe oferecem incenso, mas o ouro não querem ofertar.
São muitos também os que O estimam como rei, mas O negam enquanto Deus. Esses, como se pode ver, oferecem-Lhe ouro, mas o incenso não querem ofertar.
Há muitos, enfim, que O exaltam tanto como Deus como quanto rei, mas negam que Ele tenha assumido a carne mortal. Esses oferecem-Lhe muito ouro e incenso, mas a mirra da mortalidade assumida não querem ofertar.
Nós, ao contrário, ao Senhor que nasce ofereçamos ouro, a fim de confessarmos que Ele reina onde quer que seja; ofereçamos incenso, para crermos que aquele que apareceu no tempo é o Deus que existe antes dos tempos; e ofereçamos mirra, para crermos que também assumiu a nossa carne mortal aquele em cuja divindade impassível acreditamos."
Explicação Moral:
São Gregório faz ainda interpretação moral dessa passagem, mostrando como também nós podemos ofertar ao Menino Jesus ouro, incenso e mirra.
"Porém, no ouro, no incenso e na mirra, outras coisas se pode entender.
O ouro, por exemplo, designa a sabedoria, que Salomão atesta quando diz:
Ao Rei que nasce, portanto, ofereçamos ouro, se em Sua presença resplandecemos na luz da sabedoria celeste;
ofereçamos incenso, se pelo santo amor à oração queimamos os pensamentos da carne no altar do coração, a fim de andarmos no suave odor do desejo das coisas celestes;
ofereçamos mirra, se pela abstinência mortificamos os vícios da carne. A mirra age, de fato, impedindo que a carne se putrefaça. (...) Ofereçamos a Deus a mirra, portanto, se pelo bálsamo da continência conservamos este corpo mortal livre da corrupção da luxúria."
Explicação Moral:
São Gregório faz ainda interpretação moral dessa passagem, mostrando como também nós podemos ofertar ao Menino Jesus ouro, incenso e mirra.
"Porém, no ouro, no incenso e na mirra, outras coisas se pode entender.
O ouro, por exemplo, designa a sabedoria, que Salomão atesta quando diz:
'Desejável tesouro se encontra na boca do sábio' (Pr 21, 20).´
Pelo incenso se exprime aquilo que a força da oração incendeia diante de Deus, como atesta o Salmista:
'Seja elevada diante de tua presença a minha oração como incenso' (Sl 140, 2).
Na mirra, enfim, vai figurada a mortificação da nossa carne, de onde a Santa Igreja dizer de seus servidores fiéis, até a morte, que 'suas mãos destilaram mirra' (Ct 5, 5).
Ao Rei que nasce, portanto, ofereçamos ouro, se em Sua presença resplandecemos na luz da sabedoria celeste;
ofereçamos incenso, se pelo santo amor à oração queimamos os pensamentos da carne no altar do coração, a fim de andarmos no suave odor do desejo das coisas celestes;
ofereçamos mirra, se pela abstinência mortificamos os vícios da carne. A mirra age, de fato, impedindo que a carne se putrefaça. (...) Ofereçamos a Deus a mirra, portanto, se pelo bálsamo da continência conservamos este corpo mortal livre da corrupção da luxúria."
Deus Vult!