O ano litúrgico está a terminar. E a liturgia, nesta altura, torna-se bastante apocalíptica, recordando-nos, não só o fim dos tempo...

JUSTIÇA E MISERICÓRDIA

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O ano litúrgico está a terminar. E a liturgia, nesta altura, torna-se bastante apocalíptica, recordando-nos, não só o fim dos tempos, mas também para nos alertar da brevidade da vida terrena!




Por isso, recordo as palavras que Jesus Cristo dirigiu a santa Brígida:


"Sou um Juiz Justo e Misericordioso. Este fundamento tem sido agora deturpado porque todos creem e pregam que Sou Misericordioso, mas quase ninguém crê que Eu seja um Justo Juiz".



Esta deturpação é terrivelmente perigosa, pois procura prescindir o pecador da conversão, do arrependimento sincero. Como se, ser bonzinho e morno, bastasse "o resto Deus perdoa", "não é preciso exageros", "não vamos agora chegar a radicalismos".

Ninguém escapa à Justiça Divina!



Mas como, então, é possível conciliar um Deus Justo com um Deus Misericordioso? Justiça e Misericórdia são compatíveis?


Mais do que compatíveis, a Justiça é apenas parte e expressão da Misericórdia. 



Ainda assim, Deus nos perdoa e não nos pune na mesma medida dos nossos pecados. Mas, se não pune o crime com sentença equivalente, não está, de certo modo, cometendo uma "injustiça"? Segundo Tomás, não: "Deus age misericordiosamente, quando faz alguma coisa não em contrário, mas, além da sua justiça. Donde resulta que, longe de suprimir a justiça, a misericórdia é a plenitude dela."




O perdão misericordioso concedido aos pecadores não está "abaixo" da justiça – como que a contrariando –, mas "além" dela.




Porém, apenas podemos receber a Misericórdia de Deus pelo arrependimento de nossos pecados.

A Misericórdia só age naqueles que temem o Senhor, isto é, naqueles que têm medo de perder a sua amizade. E aqueles que, orgulhosos, não procurarem o seu Coração misericordioso, cairão, inevitavelmente, na sua Justiça.


Deus Vult!


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