“Respondeu o Senhor: Quem é, pois, o despenseiro fiel e prudente, ao qual o seu senhor confiará a direção da sua casa, para que em temp...

O PURGATÓRIO É BÍBLICO?

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“Respondeu o Senhor: Quem é, pois, o despenseiro fiel e prudente, ao qual o seu senhor confiará a direção da sua casa, para que em tempo devido distribua o alimento? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens. Mas se aquele servo disser no seu coração: Meu senhor tarda em vir e começar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo no dia em que não o espera e na hora que ele não sabe, e o cortará pelo meio e lhe dará parte com os infiéis. Aquele servo, que soube a vontade do seu senhor, e não se preparou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; aquele, porém, que não a soube, e fez coisas que mereciam castigos, será punido com poucos açoites. De todo aquele a quem muito é dado, muito será requerido; e daquele a quem muito é confiado, mais ainda lhe será exigido.” (Lucas 12:42-48)



Esta parábola parece-me tão explícita e clara que não encontro outra interpretação plausível que não dentro da doutrina Católica sobre o purgatório.
Parece-me claro que o servo prudente é imagem dos que são encontrados pelo senhor (leia-se, a hora da sua morte) vivendo virtuosamente, herdando o Céu. 

Já o servo infiel, representa aqueles que levam uma vida dissoluta, como se Deus não voltasse, condenando-se ao Inferno. 

E as outras duas personagens?

Um, embora sabendo o seu dever, foi omisso. Não será este uma figura das almas cristãs que não vivem plenamente o Evangelho? Embora castigado, deste não é dito que se tenha perdido.

E o outro, de que a parábola refere como ignorante do seu dever? Não será uma figura daqueles que, por ignorarem a Verdade revelada por Cristo, têm menor culpa nas suas faltas?



Que castigo é este, que não um corretivo destes servos? Uma purificação das suas culpas... Um Purgatório?! Ademais, sendo uma parábola, a sua profundidade é como a parte submersa de um iceberg, que a Igreja, com o tempo, vem a amadurecer.



Em tão poucas linhas, vemos implicada não só a doutrina do Purgatório, mas a esperança para aqueles que morrem em ignorância invencível da Verdade revelada, a condenação do Inferno e a glória do Céu! Esta não é a única passagem bíblica que suporta a necessidade da existência de uma fase de purificação das almas, e a tradição cristã sempre reconheceu a necessidade de rezarmos pelas almas dos nossos defuntos. A Igreja apenas veio dar nomes às coisas, para melhor compreensão e exposição da Fé de sempre.

"A quem muito é dado, muito será exigido!" É para nós católicos, uma grande advertência! A nós, a quem é dado pertencer à verdadeira Igreja de Cristo, a nova Arca de Noé, onde a graça de Deus superabunda nos Sacramentos, quanto nos será exigido! Ai de nós, privilegiados, se não nos empenhamos em ser santos com determinada determinação!

Que Nosso Senhor nos conceda sermos encontrados por Ele empenhados na Caridade!


Deus Vult!


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